O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, tem até quinta-feira para decidir se dissolve o Parlamento e convoca novas eleições. Se o fizer, Portugal enfrentará uma série de desafios, incluindo:
- Paralisação do governo, com impacto no SNS, nos imigrantes e no orçamento de Estado;
- Interrupção dos negócios da TAP;
- Dificuldade do PS para formar governo, com risco de crescimento da extrema direita.
Paralisação do governo:
Com a demissão do primeiro-ministro António Costa, o governo entrou em pausa. Isso afeta o SNS, que enfrenta uma paralisação de médicos, e os imigrantes, que aguardam documentos da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA). O orçamento de Estado também será interrompido, o que pode afetar a população em um momento de crise econômica.
Interrupção dos negócios da TAP:
O Ministério das Infraestruturas, responsável pela privatização da TAP, tem seu titular, João Galamba, sob investigação. Se a dissolução do Parlamento levar à nomeação de um novo governo, a nova venda da companhia aérea terá que esperar.
Dificuldade do PS para formar governo:
Se o PS vencer as eleições, terá que formar um governo de coligação. O PSD, de centro-direita, é a segunda força política, mas depende da sigla de extrema-direita Chega para formar governo. O crescimento do Chega, que subiria para 14,6% nas eleições, torna mais difícil para o PS formar um governo.
Conclusão:
A dissolução do Parlamento é uma decisão delicada que pode ter consequências significativas para Portugal. O presidente Rebelo de Sousa terá que pesar os prós e os contras antes de tomar uma decisão.